Alemão

E o teu guia de alemão dormiu debaixo do meu travesseiro. Virei e revirei na cama, estudei cada centímetro daquele livreto, meditando de qualquer maneira, que aquele objeto me sintonizasse em você, e que tudo fosse construído em sonho. Uma situação, várias expectativas. Uma vida inteira ao seu lado ou uma noite inteira. Segurando o guia, pedi pra sonhar. Implorei. O celular tocou subitamente uma música da Thiago Pethit. Não se vá..seguro o livreto me pegunto por onde deve ter passado, se esse guia tem alguma importancia específica para você , ou me pergunto o motivo de você ter emprestado, como se não bastasse os meus devaneios antes do sono. Meu discurso sobre você. Meu discurso sobre o seu guia. Eu o lerei todo. Para que eu possa conversar contigo na segunda, sobre o que eu aprendi no seu guia de alemão. Nada. Nada. Eu só aprendi que tua imagem me deu vertigens na noite anterior. Me encontrei na corda-bamba do ridículo. No nível Shakespeare. No nível Aguinaldo Timóteo. Louquinha para amar. Mas com um disfarce impermeável que não desperta nenhum encanto sobre você. Por isso que talvez eu nem feda nem cheire . Pois bem, me neutralizarei.

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