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Mostrando postagens de outubro, 2012

o porquê que não serviria para ser escritora.

- desde quando escreve? - bem, senhor, desde muito jovem - risonha - desde quando? - desde jovem! que dizer - se recompõe- sobre meus sentimentos, escrevo a pouco tempo, mas sempre escrevi sobre o resto. - então há apenas seus sentimentos e o resto? -  sim. escrever não é fácil.. - certo, certo. e você veio até aqui para....? - para apresentar minha história. ele pega o caderno improvisado, já desgastado e com folhas inchadas e marcadas pela caligrafia grossa da menina. ele folheia uma, duas, três páginas. - moça, essa história não é sua, você mesma escreveu aqui -aponta. - sim, é sobre um amigo. - então você também escreve sobre os outros ? - mais ou menos. este menino fez parte da minha vida. - namoradinho de escola? - eu nunca quis namorar com ele. eu andava com ele, o mais esquisito de todos. eu o achava um exagerado, um ignorante sem senso crítico sobre os assuntos mais "densos" da vida, como a sociedade, o governo. ele era um leigo, nunca namoraria com el

expressivo 06

aqui jaz o foco a luz que está sob o meu caminho, a alma que já está em estilhaços. eu morro e renasço, sempre, sim senhor. já me reduzi até minha última dimensão.

L

poderia tentar poderia adiar toda essa espera , para conhecer-te bem mais perto. poderia resolver poderia me mover poderia envolver beijos e abraços nessa nossa longa conversa. poderia imaginar poderia sentir poderia acordar desse sonho tão curioso, que me faz tremer todas as vezes que poderia estar vivendo.

expressivo 05

É tão difícil dizer para o mundo que você não é igual aos outros? Que você não precisa usar as mesmas roupas, o mesmo cabelo, ouvir as mesmas músicas; ou, que não existe uma tabela de feições faciais que correspondem exatamente com o seu humor ou estado de espírito. eu posso estar com a cara "fechada" e estar alegre. quem pode moldar meu humor? e minha alma? Ninguém! Eu queria me anular por uns dias. Uma ótima ideia, seria bom ter aqueles dias que não há tentações para resistir, não há tarefas para fazer, não há sentimentos para sentir. Eu quero logo me anular. E reativar-me novamente. Seria neutra e invisível para tudo e todos. E depois, voltaria, como se tudo fosse novo, como se os beijos fossem novos, como se as relações fossem novas, uma inteligência sem danos, um coração sem traumas. Uma forma mais surreal sofisticada de fugir da realidade. Por fim, contaria essa experiência para os irredutíveis, os automáticos que não dão a mínima para as emoções alheias. Até porqu