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Mostrando postagens de dezembro, 2012

Carta ao Pai

Tudo bem, eu vou começar na ordem..Se ela nunca existiu, que hoje ela dê graças. Fique tranquilo, não é só com você que fico entristecida e desolada. Na verdade, por você, eu sempre fui assim, mas nunca percebi. Sabe, a tristeza ficou encapsulada em mim por muito, muito tempo. Ser criança só fez isso se guardar mais e mais. Esperava-se uma frustração a mais para sair de sua cápsula e tomar conta de mim por inteiro, como as outras tristezas fazem. Acredito que essa foi a gota d'agua. Este é o momento. É o momento que eu choro por você, choro pela caótica vida, choro pela demora do milagre. Eu desconsidero o tempo, desconsidero a razão, desconsidero Deus, desconsidero você. Pois de uma certa forma, eu sei que você nunca vai me entender e nunca vai conhecer o seu fruto. Nunca tomará conhecimento de como é o coração de sua criatura, ó criador ingrato. Nunca será herói, seus méritos cairão no esquecimento, como consequência. Suas fotos não aparecerão no álbum de família. Sua vida será

tudo passa...

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atropelamento

quando cruzar a avenida, não olhe para mim.  não olhe pra mim. nã- 

espelho

você tentou fazer do esboço a obra original. usurpou suas chances e manteve-se com a máscara o tempo todo. você não deu o seu melhor choro, aquele que amarga o coração e adoça a alma. você se fez. você se construiu em meio a destroços. você trouxe a visita com a casa suja. fez ela sentar no seu sofá mofado. fez ela comer tua comida sem sal. sorriu como se isso fosse normal. considerou cada briga como se fosse mais uma briga. vai passar, vai passar. passou? ainda há brigas. ainda há raiva. e hoje, você  quer  fugir de si mesma quando você já estava fugindo da sua vida o tempo todo. imbecil.

new york new york

mãos trêmulas, pernas dançarinas de trance, olhos lubrificados, garganta enxugada, língua solta , toda envolta, em volta do céu da boca, uma gotinha de suor , uma gotinha de felicidade. conversar contigo é bom. muito, muito bom.

BTDie

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eu até ousaria escrever com os olhos fechados. e dentro deles guardar as possíveis lágrimas. mas meu caro, você não está vendo nada disso. apenas letras que formam uma palavra. um conjunto de palavras que formam um sentido, sentido este que aqui dentro - aonde só os olhos do coração conseguem chegar- não faz sentido algum. (Me dê seu uísque, homem mais  velho. 45 anos, uma calibre 45, tão fino como seu terno no dia do meu batismo. ) Volte para cá, Larissa. Menino, volte para lá. Mas antes, existe aqui uma perguntar que tenho vontade de fazer, ao te ver na rua. - Você lembra de nós? Que clichê! Perguntar-lhe-ía isso se você ainda se importasse.. Mas como não o faz, me permitirei delirar nessa escrita. Nunca fui boa na coesão mesmo. Faça o seguinte favor: Não me enlouqueça. Não volte a falar comigo, nem diga que me adore. Não me adore enquanto bejias outra boca. Isso machuca até dizer... Você disse um dia que gostava do meu jeito. Lembra? - Eu gosto do seu jeito...  - beijo-