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Mostrando postagens de maio, 2014

pode ser uma segunda feira, mas acredito que não seja.

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quadros vazios sem métrica, cor quadros colados na parede pintura brusca do tédio do silêncio de consultório das revistas de mala-direta do café grudado da borda do copo do dente amarelado, brilhante da baba fina que passa pela garganta chega até os seus ouvidos e te faz sentir nojo meu bojo, meio desajustado,que me incomoda a ponto de não querer usar mais. volto para o quadro. tá vazio, apesar de ter um desenho nele. são quadrados, coloridos. um quadro dentro do outro. o vazio dentro do nada. um quadro feito para esperar. os quadrados quase jogados na minha cara, querendo  dizer que esperar é o sacrifício dos inocentes.

manhã e aspirina

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algumas coisas andaram sumidas e tomei falta (em cápsulas) delas somente agora. não desmereço o quanto elas sejam importantes pra mim, e o quanto sou apegada a elas. pois bem, tomei falta de abraços. faz tempo que ninguém fica de frente e estende os braços para o laço. se não há nem abraço, que dirá afeto? onde estão essas coisas? outra coisa que senti a falta, foi das mãos. mãos dadas. poucos ainda estendem a mão e ficam. sentem o toque do outro, desabrocham calmaria. sinto falta da ação. sinto falta de lágrimas, suor e dança. estou numa casa, querendo procurar tais coisas. seria mais fácil achá-las dentro de um labirinto. ou dentro das digitais do meu dedo,meu próprio labirinto. meu corpo pede um pouco de afago, proximidade, sentidos, ação. trabalho, frequento espaço acadêmico, durmo na minha cama, e não vejo ação. quero enxergar num sei o quê, mas até o enxergar já deixou de ser ação, para ser outra coisa. mas fazer o quê, nunca vou entender a incompl