incompleto

é como se eu fosse um colcha de retalhos, e cada um retratasse minhas cenas, minhas memórias. Cada marca é testemunha de uma luta diária e silenciosa, onde o meu combatente, o meu inimigo - é simplesmente eu mesma.
eu grito com os outros. me desculpo. grito novamente me fazendo a certa, quando na verdade, eu não sou.. talvez, nunca serei.os outros me veem de todos os ângulos, menos daquele mais visível, o mais mutável. pois eu mudo de ângulo o tempo todo, e acaba virando uma confusão, pois todos os ângulos são apenas um.
e o sentimento morre calado todas as noites. amanheço, como se todas as decepções tivessem desaparecido, como se toda a vontade de mudar ou sumir tivesse sumido, e como se eu tivesse no controle novamente. deixo o telefone tocar, deixo a chuva cair...

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